segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Ao lado dela eu gosto de mim
Gosto de gostar. Ao lado dela eu gosto de mim.
domingo, 30 de novembro de 2008
contradição...
A outra verdade é que eu não me interesso muito pela natureza. Fiz até um curso "Fotografia ambiental", e só o que via eram trilhos, pedras, peças, pessoas.
Minha vida anda morna demais. Hoje eu queria uma flor, mas só o que tenho é um caminho.
Siga em frente.
domingo, 23 de novembro de 2008
Frio
Flores
Ela estava tomando banho quando ele chegou e então eu fui a primeira a ver as flores. Achei aquilo lindo, mas com um cheiro de morte que só elas. Não entendi o porquê de então, todas as pessoas nos filmes, quando ganham flores, as cheiram e sorriem.
Daí eu peguei o vidro de perfume e joguei nelas.
era só uma metáfora...
amarrada com laço.
porque as pessoas não podem simplesmente falar a verdade e só? simples assim?
eu te amo, e é isso. fala da cara. tapa na cara.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
depois de tanto tempo.
te beijar
e de ter brincado sobre a sinceridade
e dizer quase tudo quanto fosse natural
Eu fui praí te ver, te dizer:
Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
adoro sentir frio na barriga. é mágico.
Cristinaaaaaaaaa!
Olhar de criança, sorriso de menina e corpo de mulher. Clichê demais? Não. Só se for a frase, pois essa que vos falo não é nem um pouco clichê. Nada de obviedades, nem de previsível. Caixinha de surpresas.
A conheci num lugar cinza. Num dia normal como os outros, cinza como os outros, ela apareceu. Juntou-se a equipe do lugar que eu trabalhava.
Pouco a pouco, passo a passo ela foi dando cor aos meus dias e aos meus caminhos.
Ela olha de lado, ressabiada. Ela peita de frente, forte como uma leoa. Ela rebola até o chão, tipicamente carioca. Ela ri alto, ela fala alto, e ela vai alto, sempre e cada dia mais.
Quando se arruma, a carioca bota pra quebrar, faz o queixo de gregos e troianos cair. Ela não deixa barato, ela odeia barata.
Ela torce pro Fluminense. Só ela, o Jô Soares, o Chico e minha mãe.
Canta, dançar, sem parar, uôu uou uou...atriz da vida real. Sempre acha que está sendo filmada, e que os espectadores pensam “Não Anne, não fica triste, ele também te ama e está planejando fugir com você.”
Gosta de magia, acredita nela. Ela quer mais, sempre mais. Sonha em conhecer o mundo e morar sozinha, mas morre de medo de que a deixem sozinha.
Ela me encanta, me faz chorar de rir, me faz chorar e rir. Gosto de observa-la, de vê-la gesticular, falar, pular. Gosto de ver porque é mágico.
Às vezes até entro no filme que ela acha que vive, com direito a trilha sonora e tudo que tem direito. Vivemos grandes emoções juntas. O dia até muda de cor quando se está com ela. A chuva vai embora só praquela cena onde as amigas se encontram pra dissertar e filosofar sobre a vida num lugar bonito dê certo. Mas que ninguém se atreva a assistir ao making off.
Ela não se acha interessante pra um perfil, mas todo mundo a acha interessante. Ela queria um conto sobre ela, mas aqui eu conto o que conheço. Conto pra todo mundo: vale a pena. E a alma, não é nem um pouco pequena.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
quero dissertar
Partindo do princípio de que:
". Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, “embonitar” a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito. Sei que é complicado, mas contar falsifica, é isso que quero dizer — e pensando mais longe, por isso mesmo literatura é sempre fraude. Quanto mais não-dita, melhor a paixão. Melhor, claro, em certo sentido que signifícatambém o pior: as mais nobres paixões são também as mais cadelas, como aquelas que enlouqueceram Adele H., levaram Oscar Wilde para a prisão ou fizeram a divina Vera Fischer ser queimada feito Joana d’Arc por não ser uma funcionária pública exemplar. "
então pensa comigo: se eu fico quieta, não falo, assim já evito pensar, certo? E depois, se acredito tanto nisso, faço uma força danada pra não falar, logo, não pensar, eu vou esquecendo? porque daí não tem objeto para embonitar, não história para florear.tomara que sim.
xô pensamento.
concordo plenamente!
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante"
opa, quem me ama aí?
pois é.
O que temos aqui é uma garota de 19 anos, quase jornalista e fotógrafa, tentando falar das poesias das poeiras.
Cuidado onde pisa, aqui é o lugar dos meus vômitos inevitáveis.