Estava aqui pensando em como tenho reagido de forma inesperada em situações comuns. Hoje me peguei ouvindo ‘eu sei que vou te amar’, com Tom tocando piano e cantando, com a maior dor do mundo no peito. E percebi que todas as vezes que eu resolvo terminar uma paixão – e isso é muito pessoal, uma coisa minha comigo mesma – eu coloco essa música para tocar. Logo eu, que mal sei o que é amar, tampouco sei o que é por toda a vida, ouço a música e finjo que me encaixo na letra. A perda de um amor, ou de uma paixão, é sempre combustível pras mais belas canções e poesias, e eu, uso as notas e letras alheias pra fingir que são minhas, e tentar, quem sabe, acreditar que eu amei, ou amarei por toda a minha vida alguém.
Essas paixões que tenho, e que me refiro, não são grandes, nem tão dolorosas, muito menos duradouras, mas elas me tomam a cabeça e o corpo de forma que eu haja simplesmente no piloto automático, desprezando todas as possíveis dores, enfiando no bolso as possíveis chances de dar errado, e me faz seguir com fé, atrás da possível felicidade. Quando digo que chego ao fim de uma paixão, que as termino, é quando desisto, ou de gostar de mais, ou de gostar de menos.
Desesperadamente, eu sei que vou amar, por toda a minha vida, milhões de pessoas que por ela passarão. Amarei, chorarei, sofrerei as idas, vindas, ausências e presenças, e permanecerei à espera de viver ao lado de alguém. Por toda a minha vida.
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