segunda-feira, 11 de maio de 2009

ausência tua.

Estava aqui pensando em como tenho reagido de forma inesperada em situações comuns. Hoje me peguei ouvindo ‘eu sei que vou te amar’, com Tom tocando piano e cantando, com a maior dor do mundo no peito. E percebi que todas as vezes que eu resolvo terminar uma paixão – e isso é muito pessoal, uma coisa minha comigo mesma – eu coloco essa música para tocar. Logo eu, que mal sei o que é amar, tampouco sei o que é por toda a vida, ouço a música e finjo que me encaixo na letra. A perda de um amor, ou de uma paixão, é sempre combustível pras mais belas canções e poesias, e eu, uso as notas e letras alheias pra fingir que são minhas, e tentar, quem sabe, acreditar que eu amei, ou amarei por toda a minha vida alguém.
Essas paixões que tenho, e que me refiro, não são grandes, nem tão dolorosas, muito menos duradouras, mas elas me tomam a cabeça e o corpo de forma que eu haja simplesmente no piloto automático, desprezando todas as possíveis dores, enfiando no bolso as possíveis chances de dar errado, e me faz seguir com fé, atrás da possível felicidade. Quando digo que chego ao fim de uma paixão, que as termino, é quando desisto, ou de gostar de mais, ou de gostar de menos.
Desesperadamente, eu sei que vou amar, por toda a minha vida, milhões de pessoas que por ela passarão. Amarei, chorarei, sofrerei as idas, vindas, ausências e presenças, e permanecerei à espera de viver ao lado de alguém. Por toda a minha vida.

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